O dia que me emocionei no Dojo

Iniciando a continuação de nossa conversa sobre Judô, quero partilhar um momento que me marcou profundamente: o dia em que meus olhos se encheram de lágrimas de felicidade no Dojo.

Anteriormente, como havia mencionado, foi a prática de Judô do meu filho, que começou aos 5 anos e já soma dois anos de tatame, que me inspirou a também praticar. Além disso, a academia onde treinamos está bem estruturada e divide-se em grupos: sub-7, sub-13 e adultos. Curiosamente, meu filho, enquanto observa meu treino, costuma ficar para ver as minhas aulas, assimilando avidamente as técnicas que vê.

Por outro lado, as ligações familiares se fortalecem de maneira única. Certa vez, durante meu treino, enquanto a filha do Sensei praticava com meu filho após a aula dela, vivenciei um momento inesquecível. Ao vê-lo tão atento ao meu lado, seguindo as orientações do Sensei, fui tomado por uma emoção avassaladora e, sem esperar, uma lágrima de alegria rolou por meu rosto.

Ademais, esse instante mágico despertou em mim o desejo de congelar o tempo, capturando aquela cena para sempre. Junto com minha esposa, valorizamos a criação de memórias significativas para nosso filho, que incluem desde o Judô até sua paixão por motocicletas, partilhada em momentos de manutenção da minha moto com ele ao meu lado.

Ao final daquele treino, meu filho lançou uma questão sobre nossas futuras graduações. Com isso em mente, prometi-lhe que conquistaríamos a faixa preta juntos, e que participaríamos do seminário e de toda a preparação lado a lado. Esse compromisso reforçou meu entusiasmo em manter-me saudável e focado para alcançar esse objetivo, previsto para 2029/2030.

Um conselho aos pais

Finalmente, o conselho que extrai dessa experiência e que desejo transmitir é a importância de criar memórias preciosas com os filhos. Seja no Judô, no motociclismo ou em qualquer outra atividade, o que conta é a presença. É fundamental lembrar que a vida é finita e o tempo é implacável. Portanto, valorize cada segundo com seus filhos.

A arte e a ciência do judô

O estudo do judô sem a compreensão de seus segredos – isto é, seu lado metafísico – deixa a pessoa em um vazio mental parcial. Devemos primeiro perceber que o estudo do verdadeiro judô é um símbolo de atitudes e comportamentos mentais.

A mente subconsciente é onde nossos padrões de comportamento são coletados em um vasto reservatório de nossos anos de experiência.

Quando somos capazes de explorar esses recursos, podemos reconstruir nossas personalidades, desenvolvendo atitudes positivas e, no final, dominando o puramente físico. Já foi dito, em relação ao nível de desenvolvimento mental de um especialista em judô, que “os braços são uma extensão da mente”.

O treinamento no judô disciplina a mente por meio de exercícios físico-simbólicos, trazendo a maturidade da habilidade da lógica superior.

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