Maldita poça de óleo

Fala meu caro leitor! Que bom que você chegou aqui. Só para lembrar, esse post é continuação do Primeira vez na estrada. Caso você não tenha lido ainda, recomendo. Boa leitura!


Depois do primeiro acidente passaram-se uns 2 anos até o próximo. Eu já estava com a Gorda, nome carinhoso que dei para minha V-Strom 650 ano 2011/2012. Troquei a Viúva Negra (Bandit) pela Gorda (V-Strom) por dois motivos: 1) Estava correndo muito e ficando abusado; 2) A V-Strom era mais confortável para minha esposa uma vez que saíamos de moto o tempo todo, todo final de semana estávamos na estrada, então queria dar o melhor conforto possível para ela.

Em um sábado nos preparamos para ir batizar nosso afilhado Guilherme e já começamos fazendo errado. Nathi de salto alto, calça e uma blusa leve, nada de luva, nada de jaqueta. Eu de camisa social, calça e tênis, nada de luva, nada de jaqueta. Saímos de casa, batizamos o pequeno e íamos partir para um restaurante para comemorar quando, exatamente em cima da faixa de pedestre tinha uma pequena poça de óleo recém derramado.

O óleo ainda não estava escuro para chamar atenção e, confiante que estava, não desviei da faixa como sempre fazia e faço (essas faixas são terríveis, principalmente quando estão molhadas ou com óleo, sempre desvie delas). Resultado? Passei em cima da poça, perdi a dianteira da moto e quando me dei conta estávamos no chão, eu, Nathi e a Gorda.

Lembro-me que cai exatamente em frente a um ponto de moto taxi e os moto taxistas que estavam lá prontamente correram para nos socorrer. Um deles virou-se para mim e perguntou: “Quem foi que te jogou no chão?” E respondi “Cai sozinho”. Sem entender nada de cara ele me ajudou a levantar a moto, colocaram a Nathi sentada em uma cadeira e um deles descobriu a maldita poça de óleo.

Nathi novamente não se deu muito bem, ela teve uma torção no pé por causa do sapato de salto alto quase rompendo os ligamentos. Eu fiquei somente com um ralado no cotovelo do braço esquerdo e aí vem a análise: Se eu estivesse de jaqueta, não teria acontecido nada comigo, somente com a moto que quebrou o espelho retrovisor; Se a Nathi estivesse de jaqueta e BOTA, não teria acontecido absolutamente nada com ela.

Esse foi um acidente que eu só poderia ter evitado se a poça não estivesse ali. Não tinha como prever, não dava para ver, não tinha o que fazer. Poderia ter sido pior do que foi, mas serviu de alerta…